A CASA DE JONAS!!!
Em Aracati, num interior chamado Varzinha, havia uma casa muito bonita e muito grande, ela era quase uma mansão. Nesta casa, a muito tempo atrás, vivia um velho chamado Jonas, que morava só. Ninguém queria estar perto dele pois ele era muito bruto e cruel, toda manhã, por volta das 06:00h, ele ia para a varanda e sentava em sua cadeira de balanço, mas em uma manhã, ele não fez isso, todos se intrigaram dizendo:
_ Ué! O que houve? Por que ele não seguiu sua rotina? Isso não é normal!
Alguns se preocuparam com Jonas, e quiseram entrar na casa, mas seus amigos disseram:
_ Não vá! Ele pode agir com brutaldade ou até com crueldade. Não esqueça que ele é um monstro!
Três dias se passaram, e nada de Jonas aparecer. Um dia, um grupo de garotos estavam brincando de pique-esconde, um deles, sem muito conhecimento sobre o velho, resolveu se esconder na casa de Jonas, ele entrou, e deixou a porta entreaberta para poder vigiar. Ainda olhando para fora, ele sentiu um grande arrepio, ao sentir isso, ele se virou, e então, se ouviu o grito do garoto:
_ Háááááááááá!
Sem demora, apareceram várias pessoas para acudi-lo, achando que Jonas estava à maltratar o garoto, mas ao entrarem ficaram surpresos, pois no chão, estava o corpo do velho e ao lado um bilhete, que havia sido escrito por ele. Nesse bilhete dizia:
Essa casa é minha! Só minha!
Ninguém vai morar nela, além de mim!
Se alguém morar nessa casa, vai se arrepender!
_ Temos que levá-lo para a cidade! - falou Nazide, a " faz tudo " de Varzinha.
_ Tem razão! - concordou o pai do garoto que viu o corpo.
_ Depois dou um jeito de vender a casa!
_ O quê? Que a senhora acha que vai comprar essa casa? Sabendo quem morou nela e da ameaça que ele fez, ninguém vai comprar! - disse Jamilly a filha de Nazide.
_ Irei dar um jeito, afinal, as pessoas não são tolas, sabem que agora ele está morto, não pode fazer nada!
Passou-se um ano, durante esse tempo, Nazide tentou vender a casa entre os moradores de Varzinha, mas ninguém queria, rejeitaram até o menor preço possível.
Seis anos se passaram, e nada, a casa continuava vazia, mesmo depois da morte de Jonas, as pessoas o temiam.
Um dia, apareceu um casal em Varzinha, a mulher chamada Brienda e o homem chamado Alejandro, eles eram recem casados, Nazide quem os recebeu perguntando:
_ O que vocês esperam encontrar por aqui?
_ Estamos procurando um lugar calmo e povoado de boas pessoas, para morarmos. - disse Alejandro.
_ Vieram ao lugar certo! Aqui tem uma casa ótima! - os levou para frente da casa de Jonas, e prosseguiu - Parece que estava esperando por vocês.
Ao ver a casa Alejandro disse:
_ Mas deve ser muito caro, eu...
_ Que nada são somente 3.000 reais. - interrompeu Nazide.
_ Que ótimo! Vou comprar.
Brienda ficou intrigada com o preço da casa, para ela, aquela casa devia ser no mínimo 700.000 reais, pelo preço que ela vendeu, a casa devia ter um problema muito sério, ela falou sobre isso com seu marido, mas ele não deu atenção. O acontecimento não saia da cabeça dela. Eles entraram para ver a casa, foi quando Brienda achou o bilhete, aquele que Jonas havia deixado dizendo:
Essa casa é minha! Só minha!
Ninguém vai morar nela, além de mim!
Se alguém morar nesta casa, vai se arrepender!
Isso atormentou Brienda mais ainda, ela mostrou o bilhete para Alejandro, que falou:
_ Calma querida, deve ser só alguém querendo nos assustar.
Passaram-se 4 meses, não apareceu nenhum problema na casa, também nada sobrenatural, Brienda já estava se acostumando, ficava sozinha em casa em quanto Alejandro ia trabalhar, nesse trabalho ele entrava 07:30 e saia 17:30.
Em uma tarde, com o clima muito pesado, Brienda estava na cozinha lavando a louça, quando ouviu um estranho estrondo na sala de visitas, ela correu para ver o que tinha acontecido, mas a sala estava normal, quando voltou para a cozinha, viu na parede a cima da pia, uma frase escrita com sangue, que dizia:
" Saia da minha casa, ou irá se arrepender!!! "
Sobre a pia, havia um dedo ensanguentado, Brienda colocou a mão sobre os olhos, mas ao se tocar sentiu falta de algo, quando olhou para sua mão, viu que ela estava cheia de sangue, e o seu dedo midinho não estava lá, tinha sido amputado de sua mão, Brienda sentiu um arrepiu tão grande que chorou de medo.
Passaram-se vários dias, Brienda guardou a história do acontecimento, sabia que seu marido não iria acreditar, falou para ele, que, sem querer, cortou o dedo com a faca. Brienda vivia encolhida em um cantinho da sala, com a cara pálida e suas mãos tremulas, Alejandro inconformado com aquela situação, tentava tirá-la daquele lugar, mas sempre que tentava ela gritava:
_ Não! É perigoso de mais! Prefiro ficar aqui, neste canto, segura!
Sempre que Alejandro ia trabalhar, Brienda corria para a cozinha, pegava uma faca, e ficava ameaçando Jonas, balançando a faca de um lado para o outro e gritando estéricamente:
_ Vem! Vem me enfrentar! Vem!
Certo dia, quando novamente Alejandro foi trabalhar, e ela correu para a cozinha e ficou ameaçando Jonas com uma faca, quando de repente, uma tempestade de areia vinda do além, dominou toda a cozinha, um redemoinho se formou na frente de Brienda, e deste redemoinho Jonas se materializou, em um corpo de areia, vendo aquilo, Brienda gritou assustada:
_ Quem é você? Saia da minha casa!
_ Primeiro me ameaça, agora quer que eu vá. Que foi sentiu medinho? Há, há, há.
_ Você é o antigo dono da casa?
_ Não! Eu ainda sou o dono desta casa, me chamo Jonas. Sabe? Você me encheu a paciência com aquelas ameaças, além disso, não saiu da minha casa quando eu mandei, por isso vim lhe matar.
_ Não se eu lhe matar primeiro!
_ Há, há, há. Não seja boba! Como você vai me matar se já estou morto? Você não tem escolha, vai morrer! Há, há, há.
Jonas apontou o braço para Brienda, e então a faca saiu das mãos dela, ficou flutuando, apontada em sua direção. Jonas fez um barulho com a boca, como se sugasse algo, e todas as facas que estavam na cozinha flutuaram e ficaram apontadas para Brienda.
Jonas olhou fixamente nos olhos de Brienda, deu um sorriso e soprou, neste momento todas as facas atacaram Brienda, deixando o seu corpo preso na parede.
Quando Alejandro chegou em casa, viu o corpo de sua mulher na parede, e se pôs a chorar e a se lamentar. Próximo ao corpo de Brienda, havia um papel com os dizeres:
Essa casa é minha! Só minha!
Ninguém vai morar nela, além de mim!
Se alguém morar nesta casa, vai se arrepender!
Não há escapatória! Não há! Não há!
Alejandro se recompôs, e fez as malas rapidamente, quando já estava na porta, sentiu um arrepio, olhou para trás e não viu nada, mas na verdade, atrás dele estavam Jonas e Brienda, parados de pé, olhando para ele. Jonas olhou para Brienda e disse:
_ Não se preocupe, em breve, ele estará com nosco.
Brienda olhou para Jonas e ele continuou:
_ A partir de agora, você irá me ajudar a guardar esta casa, ninguém pode morar nela além de mim, vamos matar, qualquer um que morar aqui! Entendeu:
_ Entendi!
3 Meses se passaram, Alejandro estava morando em Fortaleza capital do Ceará, antes de morrer misteriosamente. Sobre o seu corpo foi encontrado o bilhete com os dizeres:
Essa casa é minha! Só minha!
Ninguém vai morar nela, além de mim!
Se alguém morar nesta casa, vai se arrepender!
Não há escapatória! Não há! Não há!
E assim como aconteceu com Alejandro e Brienda, quem tentou morar na casa morreu, como também, quem tentar morar morrerá!
_Há, há, há...
FIM!!!
Obs.: Os fatos aqui relatados são todos fictícios. Qualquer semelhança dos fatos com fatos reais, são meras conhecidencias!
Autor: Francisco Nayanderson Barbosa Lima.
E-mail para contato: nayanderson.barbosa@hotmail.com